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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Selecção Nacional Universitária: Entrevista a ORLANDO DUARTE e JORGE BRAZ



Chegou ao fim o estágio de observação de futsal feminino tendo em vista a participação no Mundial Universitário que decorrerá em Agosto.
Na sessão matutina de registar a lesão de Alexandrina Gois que já não participou na sessão da tarde e será observada até ao final da semana.
Após 3 sessões e a fim de aferir a qualidade das atletas a ultima sessão foi marcada por um jogo Norte – Sul, com as atletas divididas pela sua proveniência. Com os “treinadores” Lúcia Gomes (fisoterapeuta), e Tiago Ramos (Departamento Técnico Desportivo FADU) a vitória acabou por surgir no último minuto a equipa do Sul por 2-1, o jogo acabou por ser um momento extremamente competitivo, em que foram postas em prática as ideias e princípios anteriormente transmitidos.

Entrevista a Jorge Braz

Até agora as atletas seleccionadas para este estágio estão a corresponder as expectativas?

Totalmente, pela qualidade, empenho e vontade! Revelam característica inata muito importante, que com qualidade de treino as poderá colocar num nível elevadíssimo.

Quais deveriam ser (serão) os próximos passos no processo de selecção?
Neste momento apenas está a decorrer a Taça Nacional, com algumas atletas ainda em actividade. Haverá também alguns torneios particulares. Em termos de observação e consequente selecção, foram já dados os passos mais importantes. Agora existe um “problema muito bom” para resolver, seleccionar!

Em 2008 estiveste presente no 1º Mundial Universitário Feminino, que importância achas que tem esta segunda participação para o desenvolvimento do futsal feminino?
Terá importância na continuidade e na implementação internacional do Futsal Feminino. Poderá realçar a necessidade de criar um espaço de selecção, ou vários, no Futsal Feminino, pela qualidade que certamente esta selecção apresentará conjugada com resultados competitivos.

Que condições de estágio deveriam ser preparadas para se permita crescer ainda mais?
Deverá haver alguma continuidade em termos de estágios, permitir que as melhores jogadoras se reúnam com alguma frequência, até para estimular outros níveis competitivos.
Se nos referimos às condições de estágio para este mundial, diria que são necessárias condições de qualidade ao nível do treino, alojamento e alimentação, dentro do que a FADU tem proporcionado.


Entrevista Orlando Duarte

Este terá sido provavelmente o último estágio de Orlando Duarte ao serviço da FADU, com o afastamento da FPF, e de acordo com o protocolo entre as respectivas entidades, o novo seleccionador FPF será convidado a conduzir a selecção masculina em Agosto. Após um período de 18 anos como seleccionador universitário, tendo atingido o mais alto título no masculino e o 2º lugar no feminino, a FADU agradece solenemente todo o empenho e investimento do mesmo. Orlando Duarte foi sem dúvida um marco no Desporto Universitário Português, independentemente de toda a sua brilhante carreira durante período similar na FPF.

Depois de teres assumido em Dezembro de 1992, o cargo de seleccionador universitário, com estreia em 1994 no Mundial do Chipre qual o balanço que fazes da importância para o futsal português deste projecto?
A inexistência de Selecções masculinas jovens e feminina potencia a importância deste projecto. Alguns dos nossos internacionais “AA” têm ganho um notável capital de experiência nas suas passagens pelas Selecções Universitárias. Outros(as) que poderão vir a representar a Selecção(ões) “AA” de Portugal irão tirar partido das experiências adquiridas enquanto internacionais universitários(as). Tivemos um bom exemplo no Europeu de Selecções “AA”, realizado este ano. Portugal sagrou-se Vice-Campeão, sendo que, cinco dos seus jogadores já foram internacionais universitários.

Que competições foram observadas para a escolha das atletas presentes neste estágio? Como está a competitividade e o nível das atletas no futsal feminino nos anos mais recentes?
Foram observados jogos das competições universitárias (distritais, torneios de apuramento e campeonatos distritais universitários), assim como jogos das competições oficiais (distritais e taça nacional) e torneios organizados por diversas entidades.
Tem-se verificado um substancial aumento quantitativo/qualitativo das nossas jogadoras. Na sequência desta melhoria podemos assistir a jogos mais competitivos, de nível mais elevado. A aquisição de mais e melhor conhecimento do jogo fará com que venhamos a ter competições cada vez mais disputadas, mais atractivas.

Na mais recente competição internacional feminina, e depois de vice-campeãs do mundo até onde pode a selecção nacional ambicionar chegar?

Tenho dito e mantenho que só a Selecção brasileira é um pouco superior à Selecção portuguesa. A nossa é melhor do que qualquer uma das outras. Mesmo a brasileira não é imbatível. Vamos poder provar isto no Mundial. Tenho plena consciência de que iremos ter uma Selecção portuguesa fortíssima em Novi Sad. E como o 2º é sempre o primeiro dos últimos, desta vez queremos mais.

Até onde deverá manter-se a ligação entre esta selecção universitária e o enquadramento técnico da FPF e a selecção nacional?
Pelo que eu disse atrás torna-se evidente que a actual relação não só deverá manter-se como deverá ser potenciada em outros campos. O Futsal é só um! No contexto actual é, no mínimo, exigível que exista uma grande interacção do Futsal federado, com o Universitário, assim como com o Escolar. Assim haja competência e vontade de quem manda…


FONTE: http://www.fadu.pt/

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