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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Futsal Distrital Porto entrevista SERGIO CARVALHO


Acompanha as campeãs femininas por todo o lado


Ostenta o título de Campeão Distrital da 1.ª Divisão de Honra, tendo levado o Clube Académico de Sangemil à 3.ª Divisão Nacional, conseguindo um feito procurado pelo clube há alguns anos, no entanto não foi o suficiente para continuar no clube academista.

Com apenas três anos de carreira como treinador principal já apresenta um bom curriculum, uma subida de Divisão na Juventude Desportiva de Águias Santas e um Campeonato Distrital na divisão maior do Futsal da Associação de Futebol do Porto.
Durante a pré-época recebeu convites uns mais interessantes do que outros, no entanto rejeitou-os por diversas razões e hoje em dia apesar de ter um curriculum que muitos treinadores nunca chegarão a ter em toda a sua vida desportiva, acha que ainda tem muito que aprender e por isso achou que deveria conhecer os métodos de trabalho e organizativos de André Teixeira, que treina as campeoníssimas Associação Recreativa Restauradores Avintenses, vamos saber o porquê de rejeitar convites e apostar na sua formação.
Como surgiu no teu pensamento fazer este estágio, foi um convite ou foste incentivado por alguma razão?

A ideia de fazer este estágio surgiu quando no final da época passada, terminado o projecto Sangemil, com o consequente título de campeão e subida à 3ª divisão nacional, senti necessidade de conhecer novas realidades que pudessem acrescentar muito de positivo aos meus conhecimentos.

"Diferentes são as mentalidades em Portugal"
Porquê um estágio num clube de topo do feminino e não num clube sénior masculino?

Muito simplesmente porque a oportunidade que me foi concedida de trabalhar com o Prof. André Teixeira era única. E porque a competência e os conhecimentos de um treinador de futsal não são melhores ou diferentes por trabalharmos no masculino ou no feminino. Diferentes são as mentalidades em Portugal. O Futsal e toda a sua metodologia, quer de treino, quer de scouting, quer de observação de jogo ou mesmo do próprio jogo em si; não tem qualquer diferença entre masculino e feminino. O que existe, apenas a tão só, é uma diferença física entre atletas masculinos e femininos. Mas isso nada torna diferente a tarefa de um treinador.
Quanto tempo durará este estágio?

Não definimos tempo para este estágio integrado. Eu e o Prof. André Teixeira decidimos elaborar um plano de trabalho que quanto mais tempo durar, mais interessante se tornará. O estágio integrado, não se resume apenas à simples preparação de um treino ou de um jogo. Para além disso, passa por tarefas tão diversas como: total envolvimento na análise e preparação dos jogos; scouting, perceber e planear o marketing do clube, gerindo a sua relação com a comunicação social, patrocinadores etc… Por tudo isto, percebe-se que o tempo que durará o estágio não é o mais importante de todo.
O que esperas conseguir obter e oferecer com este estágio?

Espero no final do mesmo ter melhorado as minhas competências a vários níveis. Numa primeira fase, conhecer e melhorar a forma de abordar e preparar a competição: treinos e jogos; depois melhorar o meu conhecimento do próprio jogo, conhecendo e aprofundando o modelo de jogo dos Restauradores Avintenses e, desse modelo, conseguir retirar referências que possam vir a tornar mais eficiente o meu modelo de jogo. Outro objectivo que possuo é, no final do estágio, ter melhorado os meus conhecimentos em matérias tão complexas como a relação com a Imprensa e com os diversos Patrocinadores. Perceber a forma tão eficaz como os Restauradores Avintenses gerem a sua imagem junto dos vários canais, internet, jornais e muito recentemente, televisão. E, finalmente, pretendo chegar ao final com um conhecimento muito amplo do futsal feminino ao mais alto nível, realidade que não me era familiar.
Faltou convites ao Sérgio para treinar, ou os convites que surgiram não foram bastante tentadores para um ex-campeão da 1.ª Divisão de Honra?

Entendi que os convites profissionais que tive após o final da última temporada, não preenchiam as minhas ambições como treinador após ter sido campeão da 1.ª Divisão de Honra da A. F. Porto. Não faz nenhum sentido treinar por treinar. A formação contínua é, talvez, a principal ferramenta para o sucesso de um treinador. É importante questionarmos tudo o que já sabemos e procurar conhecer novos conceitos. Eu tenho muito claro o que pretendo para a minha carreira de treinador. Por conseguinte, preferi não aceitar nenhum dos projectos que me foram apresentados e seguir a via da melhoria das minhas competências. Quando tive a oportunidade de trabalhar com o Prof. André Teixeira nem hesitei. Achava e reforço agora a ideia, que é um autêntico privilégio que me foi concedido na minha curta carreira. Acrescento que, agora que tenho o prazer de conhecer a excepcional qualidade de que se reveste a equipa técnica e o grupo de atletas dos Restauradores Avintenses, mais percebo a importância que terá para mim no futuro este estágio.

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