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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

ENTREVISTA A DANIELA FERREIRA (PISCO)



Esta semana o Blog dos Restauradores foi ao encontro de Daniela Ferreira, mais conhecida por Pisco, tentando conhecer melhor a nossa atleta.
1- Fala-nos um pouco de ti…Quando e como inicias-te a tua carreira, o teu percurso etc.

O futsal em si surgiu na minha vida através de um professor de educação física quando eu tinha apenas 9 anos. Esse mesmo professor convidou-me para fazer uns treinos no C.D.Aves e desde entao, lá permaneci, embora só aos 13 anos é que fui inscrita e fiz então o meu 1ºjogo como federada. Durante o meu percurso pelo Aves participei em diversos torneios da A.F.Porto em futsal e futebol de 7, sub.19 e sub.17, respectivamente, nos quais consquistei alguns títulos. Além disso, tive também a oportunidade de representar a Sel. Nacional Sub.19 Feminina de Fut.11. Esta época ingressei nos Rest. Avintenses com o objectivo de aprender coisas novas e de lutar por algo mais.
2- Quais são as tuas ambições na modalidade?

Pessoalmente pretendo acima de tudo divertir-me ao jogar (com responsabilidade) e nunca perder a alegria e o gosto pela modalidade em si, aprendendo sempre cada vez mais e sendo cada vez melhor. É claro que tenho o objectivo também de conquistar títulos como por exemplo, ser campeã distrital e nacional. Penso que é o sonho de todas as atletas que trabalham, lutam e ambicionam algo. Eu não fujo à regra.

3- Tens alguma referencia (jogador, jogadora, treinadores, etc)?

Tenho sim algumas referências no mundo do futsal. O Falcão nível internacional. O Ricardinho e Pedro Costa do Benfica e o Gabri e o Divanei na Fundação Jorge Antunes. No feminino, existe também uma referência. Quando comecei a jogar futsal olhava para ela e pensava para mim “Quero ser como ela. Jogar como ela. Quero chegar onde ela chegou”. Hoje tenho a oportunidade de trabalhar com essa pessoa. Estou a falar da Catarina Silva (Caty). Para mim foi sem dúvida a melhor que jogadora que já vi até agora, não só pela sua qualidade técnico-táctica como também pela sua personalidade, espirito de equipa e humildade.
Quanto ao treinador, a minha referência é o André Teixeira. Sobretudo pelos seus conhecimentos e pela capacidade de trabalhar os mais pequenos pormenores que muitas das vezes determinam a diferência entre uma vitória e uma derrota. Considero-o um líder. É ambicioso perfeccionista e obriga-nos a trabalhar ao máximo pois só assim pudemos evoluír e atingir os nossos objectivos.

4- Breve reflexão sobre o rendimento da equipa (treinos e jogos) desde o primeiro dia de trabalho?

Como equipa temos evoluído ao longo do tempo. No início foi complicado porque uma boa parte das atletas nunca tinham jogado juntas o que é uma desvantagem em relação à maioria das equipa que permanecem com a sua base. Assim como certas dificuldades que cada uma tem em vir a todos os treinos devido ao emprego ou aos estudos, ou seja, é muito dificíl ter todas as jogadoras disponíveis e na sua melhor forma. O intrusamento entre nós foi por isso mais demorado, assim como o assimilar do modelo de jogo que é totalmente novo para todas ou quase todas. No entanto, tudo foi melhorando e agora estámos mais coesas e fortes. Não existem tantas oscilações de rendimento de jogo para jogo e isso reflecte-se na maior parte das vezes nos resultados que temos conseguido. Na minha perspectiva estámos num bom caminho.

5- Pensas que o facto de não haver um campeonato nacional prejudica a tua evolução com jogadora?

Sim, de certo modo prejudica pois um campeonato nacional iria criar novas experiências ao jogar regularmente contra equipas de diferentes zonas do país e com diferentes filosofias de jogo, além da competividade aumentar.

6- Gostavas de competir num Campeonato Nacional? E achas que é possível?

Gostava, mas nao acredito que haja possibilidade ou estrutura para que possa ser criado no futuro a curto prazo. Quem sabe daqui a mais alguns anos.
7- Na tua opinião, o que falta para que a selecção nacional de futsal volte ao activo?
Falta apenas vontade por parte dos responsáveis, porque qualidade não falta.

8- O que faz falta para a evolução do Futsal Feminino em Portugal?

Pessoas interessadas na evolução do feminino. Estou a falar na mentalidade de directores, patrocinadores, ou seja, alguém que confie em nós. Outro dos grandes problemas a nível do feminino é a falta de treinadores qualificados, com mais conhecimentos, experiência, competência. Se pensarmos bem, na maioria dos casos quem tá no feminino é porque não conseguiu ter lugar numa equipa masculina e não porque querem realmente ajudar o feminino.
No fundo quem sai prejudicado nisto tudo são as atletas que não têm margem de evolução ficando desde cedo limitadas a todos estes factores.
Já por parte das atletas há que ter também uma mentalidade mais forte e aplicarem-se ao máximo.
9- Queres deixar alguma opinião ou comentário para os/as leitores do blog e para os amantes do Futsal Feminino?

Para quem gosta do futsal no feminino e nos apoia desde já muito obrigado! Agradeço também a quem gosta do blog e participa positivamente com o objectivo de divulgar e transmitir novas ideias para o futsal. A todos os envolvidos no futsal feminino que continuem a trabalhar porque todos juntos conseguiremos evoluír.
O webmaster.

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