ENTREVISTA COM CATARINA SILVA

O Blog dos Avintenses foi falar com a atleta Catarina Silva:

1- Fala-nos um pouco de ti…Quando e como inicias-te a tua carreira, o teu percurso etc.

O meu nome é Catarina Silva, 29 anos e jogo com o n.º 4 na equipa dos Restauradores Avintenses. Iniciei o meu percurso no futsal, uma vez que não vejo a minha prática da modalidade como carreira, no Grupo Desportivo da Universidade Fernando Pessoa. Conseguimos ganhar vários títulos nesta equipa mas nunca o título nacional que esteve sempre perto. Após 3 épocas, o André Teixeira convidou-me para o GDRC Alto do Avilhó. Passei neste clube os melhores momentos do meu percurso futsalístico. Após termos sido campeãs nacionais deixei de jogar, tendo voltado este ano outra vez a convite do André.
Na realidade o jogar futsal aconteceu por pura casualidade e porque tinha acabado de deixar o desporto de alta competição (Ténis).

2- Quais são as tuas ambições na modalidade?
Neste momento apenas ambiciono que as minhas colegas de equipa tenham o prazer de passar à fase seguinte, e aí disputarem o título nacional. É sempre diferente. Pessoalmente, gotaria de passar à fase seguinte mas não faço disso uma prioridade.

3- Tens alguma referencia (jogador, jogadora, treinadores, etc)?
Como referências tenho a capitã de equipa do GDRC Alto Avilhó, Maria João pela sua capacidade de esforço e garra. É e será sempre um exemplo. Prefiro sempre jogadoras menos entusiasmantes tecnicamente mas inteligentes e tacticamente perfeitas e lutadoras.
Como treinadores, o André e o Zé, os actuais treinadores dos Restauradores. Independentemente dos resultados, especialmente o André, ensinou-me como jogar melhor este jogo tecnica e tacticamente.

4- Breve reflexão sobre o rendimento da equipa (treinos e jogos) desde o primeiro dia de trabalho?
A equipa tem passado por momentos bons e momentos maus. Pessoalmente a minha vida profissional retira-me muito tempo para poder estar nos treinos e jogos da forma que gostaria. Todas as equipas tem as suas dificuldades internas, no entanto, temos sabido superar as dificuldades e manter-nos cá em cima. Creio que as primeiras 7/8 jornadas foram dificeis para nós até porque era esparado que jogassemos mais e melhor. Desde a última jornada da 1ª volta temos vindo a melhorar o rendimento e as prestações individuais e colectivas.

5- Pensas que o facto de não haver um campeonato nacional prejudica a tua evolução com jogadora?
Deveria haver um campeonato nacional, não para que eu evoluí-se mais, mas para outras jogadoras que estão a despontar para a modalidade e outras que ainda tem muito para dar a esta modalidade pudessem melhorar a sua performance e o seu jogo.

6- Gostavas de competir num Campeonato Nacional? E achas que é possível?
Acho necessário haver um campeonato nacional, no entanto não sei se estaria disponível para o fazer devido aos compromissos profissionais.

7- Na tua opinião, o que falta para que a selecção nacional de futsal volte ao activa?

Foi para mim um orgulho enorme ter jogado pelo nosso país nesta modalidade. Após um ano de ter deixado de jogar acabou, sem motivos extraordinários, a selecção nacional. Concerteza não deveria ser devido aos maus resultados. A Selecção Portuguesa de Futsal tinha vindo sempre a evoluir que ao nível dos resultados ou qualidade/quantidade de jogadoras.
falta vontade da parte da FPF em reactivar esta selecção, mas o Futsal Feminino ou Futebol sempre tiveram grandes entraves à sua participação.

8- O que faz falta para a evolução do Futsal Feminino em Portugal?
Melhor formação de treinadores e técnicos, apoios financeiros, aparecimento de competições mais jovens e escalões jovens, um campeonato de 1ªe 2ª divisão senior, reactivar a selecção nacional, etc.

9- Queres deixar alguma opinião ou comentário para os/as leitores do blog e para os amantes do Futsal Feminino?
Joguem futsal com prazer e alegria, com espirito desportivo e com respeito pelo adversário. Sem este último, ninguem ganha coisa alguma. espero ter sido sucinta e esclarecedora.