- -

-                            -

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

ENTREVISTA DE PISKO aos UNIDOS AO FUTSAL

ENTREVISTA COM DANIELA FERREIRA "PISKO", ATLETA DO RESTAURADORES AVINTENSES E INTERNACIONAL PORTUGUESA.

Unidos ao Futsal: Como apareceu o Futsal na sua vida?
Daniela Ferreira: O futsal apareceu na minha vida através do desporto escolar.
Embora tenha jogado à bola na rua desde sempre com os meus colegas e vizinhos, foi na escola que dei os primeiros passos na modalidade.


UF: Quem são as suas referências na modalidade?
DF: Tenho várias referências, quer no feminino, quer no ...masculino. Durante todos estes anos que tenho jogado futsal, sempre admirei o trabalho da Katy (Catarina Silva) sobretudo quando tive a oportunidade de jogar ao seu lado. Como atleta e como pessoa, seja fora ou dentro das quatro linhas é para mim um exemplo a seguir. No masculino a minha escolha é mais alargada, mas sem dúvida que o Falcão e Ricardinho são jogadores especiais graças às suas capacidades fora de série .


UF: O que falta à selecção nacional para superar a selecção brasileira? DF: Acima de tudo falta um trabalho de base. Primeiro apostar numa formação de qualidade de forma a que, quando chegarem a patamares mais elevados não haver lacunas, ou pelo menos, no que é considerado básico e imprescindível para perceber o jogo.
Depois falta ainda elevar os níveis de competitividade. Equipas com o mesmo nível de capacidade devem competir entre si, ou seja, os melhores tem que competir com os melhores. Só assim é possível fazer com que haja uma evolução colectiva e individual e, quanto mais vezes passarmos por dificuldades em diversas situações de jogo, só assim vamos estar mais competentes e eficientes em qualquer tipo de competição internacional, principalmente nos jogos contra a Espanha e o Brasil.


UF: Que conselhos daria a uma jovem praticante de Futsal? DF: O que posso dizer a quem pratica futsal e a quem o faz com muita vontade e alegria é para trabalharem seriamente ao longo do ano, treino a treino, exercício a exercício. Só assim se evolui. Depois é tentar aprender ao máximo e procurar quem as ajude nesse sentido. Isto sem nunca perder o entusiasmo e prazer que tanto nos dá.

UF: Sente que a excelente imagem deixada pela nossa Selecção neste Torneio Mundial, ajudará a catapultar o Futsal feminino no nosso País? DF: Espero que sim! Temos a noção que imensa gente passou a conhecer o futsal feminino e acima de tudo começaram até a gostar e a acompanhar. É uma vitória para todos que diariamente tentam dar alguma visibilidade ao futsal feminino português.
Para a próxima época já vai existir campeonato nacional e penso que será uma grande ajuda também nesse sentido.


UF: Gostaria de experimentar um campeonato estrangeiro? DF: Sim, tenho alguma curiosidade mas neste momento isso não é uma prioridade para mim.

UF: A época 2013/2014 irá ser a primeira com um campeonato nacional sénior feminino. Acha que irá elevar o nível do futsal feminino português? DF: Sim, sem dúvida. O futsal feminino português estava a precisar de ser reformulado. A competitividade era pouca apenas com a Taça Nacional e além disso penso que muitas atletas começavam a evidenciar algum descontentamento e falta de motivação por fazer apenas 4 ou 5 jogos competitivos numa época inteira. Apesar das dificuldades financeiras que o país atravessa afectando bastantes equipas de futsal feminina, ainda assim acho que a criação de um campeonato nacional é uma aposta que nos vai trazer grandes alegrias no futuro.

Sem comentários: